Foi com espanto e tristeza que os Tolkiendili do mundo todo receberam hoje a notícia da passagem de Christopher Reuel Tolkien, o terceiro filho do Professor Tolkien. Ele havia completado 95 anos de vida em novembro.

Christopher ficou conhecido por trazer à luz grande parte da obra de J.R.R. Tolkien com todo o cuidado e minúcia que não apenas um filólogo competente, mas um zeloso filho seria capaz. Assim como seu pai, Christopher Tolkien foi ele mesmo um exímio filólogo, tendo ensinado na Universidade de Oxford antes de se dedicar em tempo integral ao espólio literário de J.R.R. Tolkien. E como os dois eram parecidos! Conforme escreveu Tolkien em seu diário, apesar dos defeitos de Christopher,
há alguma coisa intensamente amável nele, pelo menos para mim, que vem da grande semelhança entre nós.
Devemos a Christopher algumas das maiores preciosidades tolkienianas, como a edição de O Silmarillion, da série The History of Middle-earth e da tradução de Beowulf. O último livro editado por Christopher foi A Queda de Gondolin, em que ele diz que esse seria, indubitavelmente, o último na longa série de edições dos escritos do pai que empreendera.
De sua primeira esposa, Faith, nasceu o filho Simon. Com Baillie, sua segunda esposa, teve Adam e Rachel.
Daqui em diante não podemos, nunca, deixar de agradecer a Christopher Tolkien, cujo legado tem vida própria e, simultaneamente, se mistura com a herança de seu pai, sem jamais parasitá-la: a grandeza de ambos é somada e, por causa disso, todos nós ganhamos.
Todos os nossos mais sinceros agradecimentos a Christopher Tolkien. Que ele descanse em paz, e que sua família encontre conforto neste momento difícil.