Por Franz Brehme
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William M. Fliss, ou simplesmente Bill Fliss é arquivista da Universidade de Marquette, em Wisconsin (EUA) desde 2012, e dentre as 114 coleções pelas quais é responsável, estão os manuscritos de Tolkien — de O Hobbit, O Senhor dos Anéis, Mestre Giles d’Aldeia, além de ilustrações de Sr. Boaventura. Desde 2015, supervisiona o Projeto Anduin, que possibilita os pesquisadores consultarem digitalmente os manuscritos de O Senhor dos Anéis disponíveis no acervo deles. Em 2022, fez a curadoria da exposição J.R.R. Tolkien: the Art of the Manuscript [J.R.R. Tolkien: a Arte do Manuscrito], atraindo mais de 12 mil pessoas de diversas nacionalidades. Atualmente, dentre as várias tarefas que executa na biblioteca da universidade, Fliss está trabalhando no projeto “Tolkien Fandom Oral History Collection” [Coleção de História Oral dos Fãs de Tolkien] com a meta ambiciosa de coletar 6 mil entrevistas curtas de entusiastas tolkienianos de todo o mundo.
Nosso amigo Franz Brehme, encontrou Bill Fliss no evento Tolkien Tage, na Alemanha, no ano passado, e aproveitou para entrevistá-lo. Agradecemos ao Franz pela publicação do original e a respectiva tradução para o português no Tolkienista. Confiram a seguir.
Franz: É um prazer estar em contato com você após nosso encontro no belo evento organizado pela Sociedade Tolkien Alemã, o Tolkien Tage. Foi um prazer imenso poder conhecê-lo pessoalmente, bem como sua esposa, e participar com uma entrevista na mesa do projeto que você estava conduzindo lá no evento. Gostaria de pedir que você explicasse sobre esse projeto para quem nos lê, o “Tolkien Fandom Oral History Collection”. Assim, na resposta, você já pode se apresentar e nos contar mais sobre o que você faz e qual o objetivo do projeto.
Bill: Certamente. Trabalho no Departamento de Acervos Arquivísticos e Repositório Institucional da Biblioteca Raynor no campus da Marquette. Estou na Marquette desde 2003 e sou arquivista da Tolkien desde 2012. Nosso departamento tornou-se um centro de pesquisa de Tolkien ao longo do último meio século. A Marquette acumulou uma ampla gama de fontes úteis, incluindo muitos manuscritos de Tolkien. Também documentamos o fandom de Tolkien. É por isso que comecei a “Coleção de História Oral dos Fãs de Tolkien”. É minha tentativa de documentar como fãs de todos os tipos se relacionam com Tolkien.
A ideia é simples. Cada fã tem até três minutos para compartilhar seus pensamentos sobre Tolkien. Eles podem dizer o que quiserem, mas peço que tenham três perguntas em mente enquanto falam: 1) Quando você conheceu as obras de Tolkien pela primeira vez? 2) Por que você é fã? 3) O que Tolkien significou para você? Gravo as entrevistas e depois crio transcrições dos áudios.
Cada gravação e transcrição são publicadas on-line em um acervo digital. Atualmente, há 960 entrevistas disponíveis no site [no momento em que a entrevista foi publicada, já aumentou para 1080]. Coleciono entrevistas presenciais e online. Às vezes, viajo para eventos como o Tolkien Tage para coletar entrevistas, mas, na maioria das vezes, reúno entrevistas usando o Zoom. Os fãs se inscrevem para uma faixa horária em nosso calendário. Eu disponibilizo vagas algumas semanas depois. A maioria das entrevistas até agora foram em inglês, mas os fãs são bem-vindos a falar em seus idiomas nativos. Posso traduzir as entrevistas. Convido seus leitores, Franz, a considerar contribuir com uma entrevista. Estabeleci uma meta elevada: 6 mil entrevistas. Escolhi esse número porque quero ter um fã para cada Cavaleiro de Rohan que o Rei Théoden levou para Minas Tirith. Organizo as entrevistas em éoreds* de120 entrevistas. Quando termino um éored eu carrego suas entrevistas para o site. Até agora, oito éoreds “se reuniram”. O nono será adicionado até o final deste ano [agora já conta com nono no site]. O décimo já está preenchido, mas aguarda ser processado. Novas entrevistas estão se juntando ao décimo primeiro éored.
A última coisa que devo mencionar sobre a coleção é que eu pego todas as transcrições e metadados que a acompanham (idade, sexo, localização) e publico em um conjunto de dados que pode ser baixado do site da Marquette. Espero que seja de interesse para humanistas digitais e pessoas que estudam fandom.
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Convido seus leitores, Franz, a considerar contribuir com uma entrevista. Estabeleci uma meta elevada: 6 mil entrevistas.
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Franz: Agora que sabemos que você trabalha na famosa (especialmente para os fãs de Tolkien) Universidade de Marquette, uma pergunta mais pessoa… Como foi assumir o cargo de diretor da coleção? Você já trabalhava com Matt Blessing, seu antecessor? Pode nos contar mais sobre o processo?
Bill: Foi uma grande honra assumir a responsabilidade pela Coleção Tolkien. Aconteceu porque eu estava no lugar certo, na hora certa. Matt Blessing começou a trabalhar com a Coleção Tolkien por volta do ano 2000. Além de ser o arquivista de Tolkien, Matt também era o chefe do departamento. Era costume que o chefe de departamento também fosse curador da Coleção Tolkien. Comecei a trabalhar na Marquette em 2003 com coleções não relacionadas a Tolkien. Matt foi meu supervisor até deixar a Marquette, em 2012, para se tornar o arquivista estadual de Wisconsin, um grande passo profissional para ele. Matt era um bom chefe de departamento. Gostei de trabalhar para ele. Depois que ele saiu, vários meses se passaram até que a biblioteca contratasse seu substituto. Nesse ínterim, o diretor da biblioteca me indicou para trabalhar temporariamente com a Coleção Tolkien. Depois que a nova chefe de departamento foi contratada, tanto ela quanto o reitor decidiram que eu continuasse trabalhando com Tolkien. Eu estava fazendo um bom trabalho e gostando. Eu conhecia bem a ficção de Tolkien, sendo fã desde criança, mas tive muito a aprender sobre a coleção da Marquette. Ainda estou aprendendo coisas novas sobre isso.
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Franz: E indo para o acervo agora… Gostaria de saber se você sabe nos explicar como a Marquette “caiu na graça” do Tolkien para que ele resolvesse enviar muitos de seus manuscritos para lá. Existe algum motivo que explique esse interesse de Tolkien pela Universidade?
Bill: Não tenho certeza de que tenha sido uma situação em que Tolkien “caiu na graça” da Marquette. Em 1956, o diretor da biblioteca da Universidade, William Ready, contratou seu amigo Bertram Rota (um negociante de livros de Londres) para atuar como agente da Marquette para negociar a compra de manuscritos do professor Tolkien. Não foi custou nada a Marquette ter sido a primeira instituição a oferecer dinheiro a Tolkien por seus manuscritos. Às vezes, vale a pena ser o primeiro a perguntar. Rota apresentou um forte argumento para que Tolkien vendesse seus manuscritos para a Marquette. Acho que houve fatores que influenciaram Tolkien. A Marquette é uma universidade católica, e Tolkien era católico. Além disso, os editores de Tolkien o levaram a acreditar (muito erroneamente) que ele não deveria esperar receber mais royalties de O Senhor dos Anéis. Isso tornou o dinheiro que a Marquette estava oferecendo muito mais atraente. Até o final da vida, Tolkien sempre precisou de dinheiro.
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Franz: Como era o relacionamento de Marquette com o Christopher Tolkien? Mudou alguma coisa desde sua morte na relação da Universidade com o Tolkien Estate? Aliás… Como a Marquette se relaciona com o Estate?
Bill: A Marquette tinha uma boa relação com Christopher Tolkien. Durante as décadas de 1980 e 1990, assistimos seu trabalho nos volumes de A História da Terra-média, que dizem respeito à escrita de O Senhor dos Anéis. Christopher chegou a visitar a Marquette em 1987. Depois que a série A História da Terra-média foi concluída, suas comunicações com a universidade foram muito mais raras. Quando comecei a trabalhar com a coleção, em 2012, o contato entre Christopher e Marquette estava sendo tratado por meio de um intermediário no Tolkien Estate. Em termos de políticas e procedimentos, pouco mudou desde a morte de Christopher. O Espólio ainda detém os direitos autorais dos manuscritos, e ainda vamos a eles para obter permissão para compartilhar imagens com pesquisadores.
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Franz: Quais são os manuscritos que estão na Marquette? Algum favorito da sua parte?
Bill: A Marquette possui os manuscritos de O Hobbit, O Senhor dos Anéis e Mestre Giles d’Aldeia, além dos desenhos de Sr. Boaventura. Recebemos a maioria desses manuscritos na década de 1950, mas mais tarde descobriu-se que Tolkien deixou muitos manuscritos adicionais dos Anéis na Inglaterra. Foi um descuido da parte dele. Ele teria mandado para a Marquette com os outros se eles estivessem à mão. Seu filho Christopher os enviou para nós anos depois. Eles aumentaram a nossa coleção de manuscritos de O Senhor dos Anéis em cinquenta por cento. Eu, honestamente, não tenho um manuscrito favorito ou um punhado de manuscritos. O que mais me impressiona é a coleção de manuscritos de O Senhor dos Anéis como um todo. Há mais de nove mil páginas de material entrelaçado e conectado, constituindo um registro histórico de como Tolkien criou sua obra-prima. É notável e quase de tirar o fôlego.
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Há mais de nove mil páginas de material entrelaçado e conectado, constituindo um registro histórico de como Tolkien criou sua obra-prima. É notável e quase de tirar o fôlego.
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Franz: Você pode nos contar mais sobre o Projeto Anduin? O que podemos acessar usando esse sistema? Todos os manuscritos da coleção estão disponíveis ou ainda falta digitalizar documentos? Como tem sido a utilização desse sistema?
Bill: O projeto Anduin™ começou em 2015, mas a ideia por trás dele surgiu vinte e cinco anos antes. Quando Christopher Tolkien começou a nos enviar os manuscritos adicionais que mencionei há pouco, ficou claro que essas páginas deveriam ser unidas e integradas aos manuscritos que vieram na década de 1950. Mas esta foi uma situação complicada porque Christopher organizou os manuscritos posteriores de forma diferente de como Marquette havia organizado os manuscritos anteriores. Complicando ainda mais as coisas, havia o fato de que esses manuscritos posteriores, muitas vezes, vieram de um período anterior no processo de escrita de Tolkien do que os manuscritos que Marquette recebeu na década de 1950. Foi uma bagunça confusa.
Todo o acervo precisou ser reprocessado, mas foi um trabalho enorme. Ninguém tentou isso por muitos anos, e eu não posso culpá-los. Na minha opinião, só o surgimento da tecnologia digital permitiu que o projeto avançasse. Escaneamos todos os manuscritos e mapeamos como eles se relacionam entre si. Anduin™ é o software que desenvolvemos que permite aos pesquisadores navegar digitalmente pelos manuscritos de O Senhor dos Anéis para entender como as peças se relacionam entre si. Devido à situação dos direitos autorais, o software só está disponível para uso na Marquette. Não podemos publicar as imagens online. Há alguns documentos faltando em Anduin™ — páginas de manuscritos perdidos que foram parar na Bodleiana [Biblioteca da Universidade de Oxford] em vez de ir para Marquette — mas espero adquirir digitalizações deles algum dia para integrar ao nosso banco de dados.
Tolkien, provavelmente, jogou fora alguns manuscritos enquanto escrevia O Senhor dos Anéis, então pode haver documentos faltando nesse sentido também. Vários pesquisadores têm usado Anduin™. Alguns se concentraram em rascunhos do material linguístico contido nos Apêndices. Outros acompanharam o desenvolvimento de certas passagens ao longo do livro. É muito bom para fazer isso. Christopher Tolkien foi seletivo no que incluiu em A História da Terra-média. Ele não mencionou todos os rascunhos em sua análise e, portanto, há muito em Anduin™ para manter os pesquisadores ocupados.
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Christopher Tolkien foi seletivo no que incluiu em A História da Terra-média. Ele não mencionou todos os rascunhos em sua análise e, portanto, há muito em Anduin™ para manter os pesquisadores ocupados.
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Franz: E agora falemos sobre a exposição J.R.R. Tolkien: The Art of the Manuscript. O que você pode nos contar sobre essa exposição?
Bill: Nossa exposição surgiu quando um grupo de Marquette, incluindo eu, visitou Paris no final de 2019 para ver a exposição de Tolkien na Bibliothèque Nationale de France. Havíamos emprestado à BnF muitos de nossos manuscritos para usar em sua exposição. Durante essa viagem, a chefe da minha biblioteca me disse que queria que Marquette fizesse sua própria exposição. Foi assim que surgiu a ideia. O planejamento começou pouco depois. Desacelerou durante a pandemia, e, por um tempo, não tínhamos certeza se a exposição iria mesmo acontecer. Foi realizado no Museu de Arte Haggerty, no campus de Marquette, de agosto a dezembro de 2022. Dependia fortemente de manuscritos da coleção de Marquette. Fiquei muito feliz por termos conseguido emprestar itens da coleção Tolkien da Bodleiana. Não acho que teria sido tão bom sem os itens da Bodleiana.
A exposição foi bem recebida. Atraiu mais de 12 mil visitantes ao pequeno museu no outono de 2022. Nossa exposição foi diferente de outras exposições de Tolkien porque nos concentramos nos manuscritos criados por Tolkien e colocamos o Professor dentro de uma tradição manuscrita que remonta a séculos. Ao contrário de outras exposições, fornecemos muito pouca informação biográfica sobre Tolkien. Por exemplo, não havia artefatos pessoais em exposição (por exemplo, cachimbos para fumar, roupas acadêmicas, etc.). Acho que nossa exposição foi mais acadêmica do que outras. Publicamos um catálogo para a exposição que contém uma imagem de cada item exposto. O livro parece ter impressionado as pessoas. Foi nomeado para um prêmio da Tolkien Society.
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Franz: O que mais você pode nos contar sobre seu trabalho como arquivista na Marquette?
Bill: Meu trabalho na Marquette vai muito além de Tolkien. Como arquivista de manuscritos gerais, sou responsável por outras 113 coleções além de Tolkien, e também estou empenhado em adquirir novas coleções para a Universidade. Nem todas as coleções que possuímos são muito usadas, mas existem algumas coleções populares além de Tolkien que me mantêm ocupado. Até 2021, eu poderia dedicar metade do meu tempo a trabalhar em Tolkien. Agora, deve ser menos porque minha carga de trabalho aumentou. Um dos meus colegas se aposentou e não foi substituído. Herdei a maior parte de seu trabalho.
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Franz: Como anda a busca e/ou procura de pesquisadores em Marquette? Há muita procura pelos arquivos físicos (já falamos sobre o meio eletrônico)?
Bill: Nos últimos anos, temos tido uma média de cerca de um pesquisador sério no local por mês. Varia. Recebo muitos pedidos de informação por e-mail. Devido à grande quantidade de material relacionado a Tolkien que é digitalizado e disponível, seja on-line ou por meio de compartilhamento entre estudiosos de Tolkien, as pessoas que nos contatam geralmente estão procurando fontes muito específicas e difíceis de encontrar. Criei o Anduin™ pensando que poderia atrair mais pesquisadores para Marquette. Espero que Anduin™ permita que os pesquisadores realizem em uma semana o que levaria um mês inteiro para realizar antes de ser criado.
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Franz: Há muita procura pelos arquivos físicos da coleção?
Bill: Sim, muitas pessoas me contactam querendo ver os manuscritos originais de Tolkien. Somos um local de peregrinação para fãs de Tolkien que passam por Milwaukee. Infelizmente, não tenho tempo para fazer exibições privadas. Assim, mantemos uma exposição permanente de reproduções selecionadas em nossa sala de leitura. Para ver os originais, as pessoas devem esperar até que os manuscritos sejam formalmente exibidos ou até que eu organize uma exibição pública na biblioteca. Antes da pandemia, eu fazia oito exibições públicas por ano, nas quais apresentava uma seleção de originais e falava sobre ela. Parei de fazer essas exibições públicas por causa de tudo o que está acontecendo aqui, mas estou planejando realizar duas exibições públicas em 2024, na época do Dia de Ler de Tolkien (25 de março) e do Dia Hobbit (22 de setembro). Espero fazer disso uma tradição. Ainda há uma grande procura para ver os manuscritos físicos.
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Franz: Como deve proceder uma pessoa que queira estudar Tolkien academicamente na Marquette?
Bill: Para se tornar um estudante na Marquette, você deve se inscrever na Universidade e ser aceito. Recomendo que qualquer pessoa que considere tal movimento primeiro pesquise sobre a Marquette e seu currículo. Qual programa você vai seguir? Qual docente você gostaria de ter como orientador? Embora eu tenha status de professor, não estou ligado a um departamento acadêmico como Inglês ou História e, portanto, não posso atuar como orientador. É importante que o aluno entenda o que é possível para que não se decepcione. Os estudantes que frequentam outras universidades, mas que querem visitar e pesquisar Tolkien na Marquette, são tratados como os pesquisadores descritos em minha última resposta.
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Franz: Você sabe nos explicar o que diferencia o acervo da Marquette do acervo da Bodleiana, em Oxford?
Bill: Em termos de manuscritos, Marquette possui apenas aqueles que comprou de Tolkien em 1957, além de algumas cartas escritas por Tolkien que adquirimos ao longo dos anos em leilões ou como doações. A Bodleiana possui muito mais manuscritos de Tolkien do que a Marquette. A Bodleiana tem os documentos pessoais e profissionais de Tolkien, bem como todos os seus outros manuscritos para o legendarium. Por exemplo, tem todos os manuscritos para as lendas de O Silmarillion, exceto algumas páginas perdidas que chegaram a Marquette. A Bodleiana também tem a maioria das obras de arte de Tolkien, especialmente suas pinturas e mapas acabados. Os desenhos e mapas que aparecem na coleção da Marquette são versões de rascunho. Tentamos coletar uma cópia de tudo o que foi publicado sobre Tolkien e também tentamos documentar a base de fãs que surgiu em torno de suas obras. Até onde eu sei, a Bodleiana não procura fazer isso.
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Franz: E por fim… a pergunta que todo fã quer saber: há perspectivas de novas obras de Tolkien ou relacionadas a Tolkien que possam ser lançadas e que a Marquette possa contribuir, direta ou indiretamente, no seu lançamento?
Bill: Não conheço nenhuma nova obra de Tolkien que será lançada. Há alguns manuscritos interessantes na coleção da Marquette que nunca foram falados, mas nada que equivalha a uma história inteiramente nova ambientada dentro do legendário de Tolkien. Todos nós adoraríamos ver uma nova história, ou rascunho de uma nova história, descoberta e publicada, mas suspeito que tudo isso já foi disponibilizado. Foi a isso que Christopher Tolkien dedicou grande parte de sua vida adulta a fazer. Se existisse uma história inédita, imagino que ainda estaria em posse da família, mas duvido que isso exista.
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Franz: Mais uma vez, agradeço a atenção e disponibilidade.
Bill: Obrigado, Franz. Foi um prazer.
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* Éored: tropa de Cavaleiros de Rohan, a partir dos dias do Rei Folcwine, era composta por 120 homens.
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