Os Grandes Contos: Gondolin, a Cidade Oculta

Cristina Casagrande

Este artigo é a primeira de três partes, numa versão reduzida e adaptada de um artigo presente no ebook “As Obras Póstumas de J.R.R. Tolkien: uma homenagem a Christopher

Os três grandes contos da primeira era de Arda têm um valor especial na composição literária de Tolkien e recebem essa denominação justamente por serem as narrativas centrais da fase inicial da mitologia literária do autor. Ele revela, na famosa carta 131, endereçada ao então editor da Collins, Milton Waldman (1951), quatro histórias que julgava serem as centrais do que hoje é O Silmarillion, mais especificamente da Primeira Era de Arda. Elas correspondiam ao conto — o mais importante deles — sobre o mortal Beren e a elfa Lúthien, à trágica história da família de Húrin, à épica história da queda de Gondolin e à quarta narrativa, que se refere aos feitos de Eärendil. Esta última história não recebeu um desenvolvimento à parte como os três referidos contos, estando ligada mais diretamente à Queda de Gondolin. Restaram, portanto, três contos centrais da Primeira Era, na ordem cronológica da narrativa: Beren e Lúthien, Os Filhos de Húrin e A Queda de Gondolin.

Na carta, Tolkien explica uma característica peculiar dos principais contos: cada um possui integralidade e independência próprias, ao mesmo tempo que são elos fundamentais para explicar a história do Quenta Silmarillion e, com ela, o destino das Silmarils. Os contos possuem, assim, características internas singulares que merecem estudos próprios, como de fato tem ocorrido. Além disso, tais narrativas estão entre as primeiras histórias escritas na composição da mitologia literária de Tolkien.

Muito antes de publicar O Hobbit, em 1937, o autor escreveu a primeira versão de A Queda de Gondolin (1916–1917), redigiu O Conto de Tinúviel em 1917, e, em 1919 ou mesmo antes, já havia composto o conto Turambar and the Foalókë [Turambar e o Dragão], a primeira variante em prosa de Os Filhos de Húrin. Essas primeiras histórias surgiram em uma época que o autor tinha um projeto bastante ambicioso, motivado pela ausência de uma mitologia própria da Inglaterra. No entanto, com o passar do tempo, a ideia foi abandonada pelo autor.

Foi com esse desejo inicial de grandiosidade que nasceram os três grandes contos. Essa ambição visava não apenas uma abrangência em quantidade de narrativas, prontas ou esboçadas, mas em qualidade, visando a poesia, a elevação mítica e mística das sagas épicas e das grandes tragédias. No entanto, em vez de haver um final catastrófico, com exceção da história de Húrin e sua família, os contos contavam com a esperança e a superação de um final feliz, apesar dos pesares, ou, nos termos do autor, um final eucatástrofico, uma virada repentina dos eventos inspirada na noção de bem-aventurança.

Além de serem as primeiras histórias sobre Arda, os contos permearam a mente criativa de Tolkien durante todos os anos de seu exercício de escritor. Ainda que tenham recebido uma pausa significativa, ao menos sem a dedicação exclusiva de outrora, durante a longa composição de O Senhor dos Anéis, os contos serviram como pano de fundo consistente para a saga do Anel, além de serem retomados e mesmo reiniciados após a publicação de O Retorno do Rei (1955).

A importância das três narrativas foi coroada ao receberem publicações individuais com edição de Christopher Tolkien. Os Filhos de Húrin foi lançado em 2007, Beren e Lúthien, em 2017, e A Queda de Gondolin em 2018, menos de dois anos antes da morte de Christopher. Apenas Os Filhos de Húrin traz o conto o mais completo possível, enquanto os outros livros apresentam as diversas versões de suas respectivas narrativas. Variantes das histórias também aparecem em O Silmarillion (1977), parcialmente em Contos Inacabados (1980) e estão espalhadas em alguns dos volumes de A História da Terra-média (1983–1996).

Na primeira publicação de três, desta versão modificada e reduzida do artigo original, optamos por começar com A Queda de Gondolin, por ser o primeiro grande conto composto por Tolkien.

A Cidade Oculta

Gondolin, Ted Nasmith

Assim disseram os guardiões da Via de Escape, quando Tuor e Voronwë finalmente chegaram à Gondolin, a Cidade Oculta:

“Regozijai-vos por tê-la encontrado, pois eis diante de vós a Cidade de Sete Nomes onde todos os que guerreiam contra Melko podem achar esperança.” Então perguntou Tuor: “Quais são esses nomes?” E o chefe da guarda deu esta resposta: “Isto é o que se diz e o que se canta: Gondobar sou chamada e Gondothlimbar, Cidade de Pedra e Cidade dos Habitantes da Pedra; Gondolin, a Pedra da Canção e Gwarestrin é meu nome, a Torre de Guarda, Gar Thurion ou o Lugar Secreto, pois estou oculta dos olhos de Melko; mas aqueles que me amam mais grandemente chamam-me Loth, pois como uma flor eu sou, e mesmo Lothengriol, a flor que se abre na planície.” “Contudo”, disse  ele, “na nossa fala de todo dia dizemos e a chamamos mormente de Gondolin.” (Tolkien, 2018c, p. 52, grifos nossos)

Um dos aspectos que mais chamam a atenção nesse excerto é justamente a personificação da cidade, pois ela se torna não apenas um lugar, mas uma personagem protagonista da história, com suas idiossincrasias. Tanto é assim que ela mesma se apresenta no discurso com expressões tais como “sou chamada”, “é meu nome”, “como uma flor eu sou”.  Gondolin é, assim, bastante feminina, bela, escondida e desejada.

Tuor e Voronwë , Steamey

A Cidade Oculta apresenta uma sacralidade imune às maldades de Melkor, dotada de promessas de proteção e esperança. Sua importância se revela também na forma como é denominada, recebendo até sete nomes, cada um deles denotando características diferentes, mas todas elas ligadas a algum tipo de poder: a fortaleza da pedra, o mistério do segredo, a sedução da música, a beleza e a delicadeza da flor.

Ainda seguindo a análise do trecho destacado alguns parágrafos acima, percebemos mais algumas características da narrativa. O tradutor, Reinaldo José Lopes, procura imitar o tom solene e mais arcaico do discurso no original: “‘Rejoice that ye have found it, for behold before you the City of Seven Names where all who war with Melko may find hope.’” (Tolkien, 2018b, p. 50–51). Apenas pela caracterização dos personagens e o discurso da narrativa como um todo, podemos perceber a tônica épica, anunciando uma história grandiosa, permeada de heroicidade no sentido clássico do termo.

Além do tom arcaico, a história possui um valor místico, vinculado à questão da “providência divina”, especialmente evidenciado pela presença de Ulmo, o Vala das Águas, que trata de chamar, guiar e, por vezes, até mesmo coagir Tuor a persistir em sua obstinação por encontrar Gondolin.

Temeroso de que Tuor habitasse a encantada Terra dos Salgueiros para sempre e desviasse de sua missão, o Vala apareceu diante dele com toda a sua imponência:

A Cidade Oculta apresenta uma sacralidade imune às maldades de Melkor, dotada de promessas de proteção e esperança. Sua importância se revela também na forma como é denominada, recebendo até sete nomes, cada um deles denotando características diferentes, mas todas elas ligadas a algum tipo de poder: a fortaleza da pedra, o mistério do segredo, a sedução da música, a beleza e a delicadeza da flor.

Ainda seguindo a análise do trecho destacado alguns parágrafos acima, percebemos mais algumas características da narrativa. O tradutor, Reinaldo José Lopes, procura imitar o tom solene e mais arcaico do discurso no original: “‘Rejoice that ye have found it, for behold before you the City of Seven Names where all who war with Melko may find hope.’” (Tolkien, 2018b, p. 50–51). Apenas pela caracterização dos personagens e o discurso da narrativa como um todo, podemos perceber a tônica épica, anunciando uma história grandiosa, permeada de heroicidade no sentido clássico do termo.

Além do tom arcaico, a história possui um valor místico, vinculado à questão da “providência divina”, especialmente evidenciado pela presença de Ulmo, o Vala das Águas, que trata de chamar, guiar e, por vezes, até mesmo coagir Tuor a persistir em sua obstinação por encontrar Gondolin.

Temeroso de que Tuor habitasse a encantada Terra dos Salgueiros para sempre e desviasse de sua missão, o Vala apareceu diante dele com toda a sua imponência:

Então Ulmo levantou e falou com ele e, em terror, Tuor esteve perto da morte, pois grandíssima é a profundeza da voz de Ulmo: tão profunda quanto seus olhos, que são as mais profundas de todas as coisas. E Ulmo disse: “Ó Tuor do coração solitário, não desejo que habites para sempre em belos lugares de aves e flores […]. Mas segue agora a jornada de teu destino e não te demores, pois para longe daqui te leva tua sorte. Agora deves tu buscar através das terras pela cidade do povo chamado de Gondothlim […]. Palavras porei em tua boca e lá residirás por um tempo.” (Tolkien, 2018c, p. 48–49, grifos nossos)

Ulmo, John Howe

Nesse trecho, percebe-se que Tuor não tem muita escolha entre ir e ficar, pois chegar a Gondolin está preso ao seu destino, atrelado à sua sorte, e negar os desígnios dos Valar, representados pela figura de Ulmo, é assinar um atestado de morte. Assim, o primeiro conto do legendário escrito por Tolkien se diferencia de seus romances publicados anos mais tarde, O Hobbit e O Senhor dos Anéis, visto que seu protagonista não tem muito direito a titubear na escolha de sua demanda.

É bem verdade que se Bilbo ou Frodo não tivessem aceitado as missões que lhes foram propostas (ou, no caso de Frodo, se voluntariado) não haveria história. Mas, ao menos intradiegeticamente, ou seja, tomando como perspectiva os elementos internos da narrativa, esses personagens tiveram mais chance de escolher partir ou não para uma aventura.

Tuor, portanto, assemelha-se ao herói dos clássicos épicos, como Ulisses ou Eneias, sendo um “escolhido” para realizar grandes feitos. Ele terá um destino majestoso: se casará com a princesa élfica da fortaleza escondida, será tratado pelo rei como um igual, e, com Idril, sua esposa, terá um filho do qual virá a salvação dos povos de sua era. Ele praticamente não pode negar sua missão, e aceitar seu destino é garantia de sua vitória, ainda que passe por muitos momentos difíceis. Sua atuação na narrativa é bem diferente da de Frodo, cuja dedicação à demanda do Anel, voluntariamente aceita no Conselho de Elrond, não lhe garante nem vida nem morte, tampouco vitória ou derrota.

Fica claro que Tolkien foi desenvolvendo o seu estilo narrativo do mais “elevado” para algo mais híbrido, moderno e irônico ao longo de sua jornada de escritor. À luz da teoria dos modos de Northrop Frye em Anatomia da Crítica (1957), o qual classifica as ficções a partir das ações realizadas pelo herói em cinco modos — mítico, romântico, mimético elevado, mimético baixo e irônico —, percebe-se que os personagens centrais de A Queda de Gondolin participam dos modos mais elevados da narrativa. Há a presença de Ulmo e sua força mítica de um deus ou ser angelical, há elfos como Turgon, o rei de Gondolin, evocando a presença romantizada do universo maravilhoso, e há o herói da história, que, embora seja apenas um homem, tem características e realiza feitos superiores aos homens comuns:

Se superior em graus a outros homens, mas não a seu ambiente natural, o herói é um líder. Ele possui autoridade, paixões e faculdades de expressão muito maiores que as nossas, mas o que faz está sujeito tanto à crítica social, como à ordem da natureza. Esse é o herói do modo mimético elevado, da maior parte da epopeia e da tragédia, e é fundamentalmente a espécie de herói que Aristóteles tinha em mente. (Frye, 2013, p. 146)

Tuor é um homem mortal, considerado um dos Edain, amigos dos elfos na mitologia tolkieniana. Não é, portanto, um indivíduo comum, mas dotado de uma nobreza diferenciada em relação aos demais homens. Seus descendentes darão origem aos Dúnedain, os Númenóreanos da Terra Abençoada na Segunda Era. Essa nobreza lhes confere superioridade não por suas características físicas, mas pela amizade que têm com o povo élfico.

Assim, Tuor é o típico herói proposto por Aristóteles em sua Poética, embora não seja propriamente um herói trágico, visto que a Queda de Gondolin se aproxima mais, embora em prosa, de uma epopeia. A Cidade Oculta recebe, de fato, um fim trágico com sua queda, mas o herói e sua família irão superar os maus feitos de Melkor e seus servos, salvaguardando o destino de seu povo.

Toda essa aura mística no estilo épico da narrativa permite comparações com outras histórias clássicas do gênero, especialmente a Eneida, de Virgílio. Alexander M. Bruce, em seu artigo “The Fall of Gondolin and the Fall of Troy” [A Queda de Gondolin e A Queda de Troia], estabelece essa associação:

[…] a história dada por Tolkien nos recorda um outro conto: temos uma cidade considerada inexpugnável, um inimigo que entra por causa da traição e da astúcia, defensores que são pegos desprevenidos, e uma cidadela incendiada; temos um herói que conduz a resistência, mas, diante da morte de seu rei, é forçado a se retirar, escapando com seu filho e os últimos sobreviventes por um caminho escondido e rumo a um exílio prolongado. As similaridades com a história da queda de Troia, contada no Livro II da Eneida de Virgílio, não pode ser negada: Tolkien certamente pegou emprestado do épico romano do primeiro século ao nos contar a história da queda de Gondolin. (Bruce, 2012, p. 103, tradução nossa, grifo nosso)

Evidentemente, essa é uma leitura dentre muitas possíveis, mas é importante ressaltar que o conto tolkieniano não se limita a um caso de mera alegoria do clássico romano. Embora Bruce tenha feito uma correlação adequada entre a queda da cidade de Troia e a de Gondolin — afinal, ambas conservam as características acima apresentadas —, o uso de expressões como “certamente” e “pegou emprestado” para qualificar a relação Tolkien–Virgílio pode ser temerário.

Mas, de fato, existe essa identificação entre as cidades fictícias. Conforme Bruce recorda, o próprio Tolkien menciona Troia em sua narrativa. “Nem Bablon, nem Ninwi, nem as torres de Trui [Troia], nem todas as muitas capturas de Rûm, que é a maior entre os Homens, viram tal terror como o que caiu aquele dia sobre o Amon Gwareth da gente dos Gnomos” (Tolkien, 2018c, p. 108). Ciente das diferenças entre as histórias das cidades, Bruce alerta:

[…] eu gostaria de chamar a atenção para as maneiras em que a história de Tolkien diverge do trabalho de Virgílio, maneiras que, basicamente, redirecionam o significado e o impacto da história da queda da grande cidade. Em suma, Tolkien não apenas glosou o épico: ele mudou totalmente o foco, pois a obra de Tolkien, embora se aproxime da narrativa romana, é basicamente germânica e cristã em seus temas. (Bruce, 2012, p. 104, tradução nossa)

Em seu artigo, o pesquisador discorre sobre as consonâncias e dissonâncias entre Troia e Gondolin, análise cujo detalhamento ultrapassa nosso escopo. Mas apontar a identificação do conto de Tolkien com a história clássica nos ajuda a confirmar as suspeitas de uma narrativa com traços épicos, enquanto a percepção das diferenças reforça a autenticidade de A Queda de Gondolin.

O primeiro conto do legendário não tem data exata de composição. O que se sabe é que foi entre 1916 e 1917 e, provavelmente, durante a convalescença de Tolkien por conta de uma doença conhecida como febre das trincheiras, contraída enquanto o jovem de 24 para 25 anos lutava na Primeira Guerra Mundial.

Humphrey Carpenter, autor da biografia autorizada do escritor, credita a composição da história ao ano de 1917 “durante a convalescença de Tolkien em Great Haywood” (2018, p. 131). Ocorre que a convalescença dele se deu de novembro de 1916 a fevereiro de 1917. O próprio autor oscila quanto à exatidão da data e dos eventos envolvidos, creditando a produção da história (ao menos boa parte dela) até mesmo a antes de sair de licença da Primeira Guerra, ou seja, ainda em 1916. Ele escreve a seu filho Christopher em 1944: “Comecei a escrever a ‘H. dos Gnomos’ pela primeira vez em barracas do exército, cheias, tomadas pelo barulho de gramofones”. (Tolkien, 2010, p. 79).

O interessante é que essa é uma das poucas histórias que Tolkien escreveu “de uma tacada só”

O interessante é que essa é uma das poucas histórias que Tolkien escreveu “de uma tacada só”, sem muitas revisões e sem interromper na metade, embora não a tenha revisado em sua forma final. Diz seu filho Christopher, no prefácio da edição única de A Queda de Gondolin:

É um fato notável que o único relato completo que meu pai jamais escreveu da história da vida de Tuor em Gondolin, de sua união com Idril Celebrindal, do nascimento de Eärendil, da traição de Maeglin, do saque da cidade e da fuga dos fugitivos — uma história que era um elemento central em sua imaginação da Primeira Era — foi a narrativa composta na juventude dele. (Tolkien, 2018c, p. 20)

Escrito por um jovem adulto, recém-saído da guerra (ou mesmo imerso nela), A Queda de Gondolin traz um brilho e um fulgor épicos que destoa do resto da composição literária do autor — justamente por esse ímpeto que não o impediu de concluir a narrativa, ao contrário de boa parte de suas outras composições literárias. As demais versões dessa história configuram um resumo da primeira ou contextos tangenciais a ela.

Na década de 1950, Tolkien ainda credita o conto à data de 1916, conforme escreve ao poeta W.H. Auden — “a primeira verdadeira história desse mundo imaginário quase totalmente formado conforme aparece agora ter sido escrita em prosa durante a licença por motivo de doença no final de 1916” (Tolkien, 2010, p. 206–207, grifos nossos) — e à editora Houghton Mifflin: “A Queda de Gondolin (e o nascimento de Eärendil) foi escrita no hospital e de licença depois de sobreviver à Batalha do Somme em 1916” (Tolkien, 2010, p. 213, grifo nosso). Em outra carta (Tolkien, 2010, p. 328), escrita a Christopher Bretherton em 1964, portanto, vinte anos depois daquela endereçada a seu filho durante a Segunda Guerra, o autor reforça a questão de ser uma história escrita “de uma só vez”, mas, nesse caso, ele a data de 1917.

Tolkien deixou duas versões completas da história, o conto original a que nos referimos inicialmente com o título de Tuor e os Exilados de Gondolin, e outra mais sintética que serviu de base principal para a versão em O Silmarillion, escrita originalmente no “Quenta Noldorinwa” (o “Quenta”), em 1930. Há ainda a versão publicada postumamente, com edição de Christopher, em Contos Inacabados (1980), intitulada “De Tuor e sua Chegada a Gondolin”, que relata apenas a chegada do futuro pai de Eärendil à Cidade Oculta. A versão foi escrita em 1951, com a intenção de fazer uma nova narrativa completa do conto, mas foi abandonada ainda no começo.

A história recebeu uma publicação com suas versões em 2018, último livro editado por Christopher, aos seus 93 anos. Dessa forma, fechou-se um ciclo: o primeiro conto da mitologia de Tolkien, escrito por um jovem de cerca de 25 anos, foi o objeto da última edição de seu filho e herdeiro dos seus direitos literários, menos de dois anos antes de sua morte.

Confira o artigo completo “Os Grandes Contos: Batalhas, Tragédia e Eucatástrofe”  no e-book “As Obras Póstumas de J.R.R. Tolkien: uma homenagem a Christopher”. Ou baixe ele de forma avulsa aqui.


Referências

ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2015.

BRUCE, A.M. The Fall of Gondolin and the Fall of Troy: Tolkien and Book

II of The Aeneid. Mythlore, v. 30, n. 3, p. 101–115, abr. 2012. Disponível em: https://dc.swosu.edu/mythlore/vol30/iss3/7/. Acesso em: 18 nov. 2020.

CARPENTER, H. J.R.R. Tolkien: Uma Biografia. Tradução de Ronald Kyrmse.

Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2018.

FRYE, N. Anatomia da Crítica: Quatro Ensaios. Tradução de Marcus de Martini. São Paulo: É Realizações, 2013.

MERCHANT, P. The Epic. New York: Routledge, 2018.

TOLKIEN, J.R.R. Contos Inacabados. Edição de C. Tolkien. Tradução de Ronald Kyrmse. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2020b.

TOLKIEN, J.R.R. The Fall of Gondolin. Edição de C. Tolkien. London: HarperCollins, 2018b.

TOLKIEN, J.R.R. A Queda de Gondolin. Edição de C. Tolkien. Tradução de Reinaldo José Lopes. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2018c.

TOLKIEN, J.R.R. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei. Tradução de Ronald Kyrmse. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2019b.

TOLKIEN, J.R.R. O Silmarillion. Tradução de Reinaldo José Lopes. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2019c.

TOLKIEN, J.R.R; CARPENTER, Humphrey; TOLKIEN, Christopher (ed.). As Cartas de J.R.R. Tolkien. Tradução de Gabriel Oliva Brum. Curitiba: Arte&Letra, 2010.


Cristina Casagrande é administradora do Tolkienista


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