A amizade na formação do jovem leitor

Por Cristina Casagrande

Agora as bibliotecas dos CEUs (Centro Educacional Unificado) contarão com um exemplar do livro A Amizade em “O Senhor dos Anéis”. Essa notícia me deixou muito feliz e honrada. Já na carta de apresentação da publicação, eu conto como a ideia da minha dissertação de mestrado, que resultou em um livro, surgiu em minha mente: bati o olho no livro Educar para a Amizade, de Gerardo Castillo, que estava na estante da casa dos meus pais, e pensei na grandeza do tema.

Ponderei o quanto a amizade era importante para a formação de um indivíduo, desde a mais tenra infância, e o quanto a permanência dela em todas as fases da vida seria essencial para qualquer um que busca a felicidade pessoal e comunitária. Se as pessoas soubessem o valor de reconhecer no outro um pouco delas mesmas, entregando o melhor de si nos demais, o mundo não estaria tão sufocado por guerras, misérias e traições. Depois disso, Aristóteles me explicou, em sua Ética a Nicômaco, a necessidade da reciprocidade para que essa amizade existisse de fato.

Acabei encontrando na narrativa de O Senhor dos Anéis todos os elementos de que precisava para demonstrar isso. Com a chegada de A Amizade em “O Senhor dos Anéis” aos CEUs de São Paulo, jovens leitores, pais e educadores terão a oportunidade de trabalhar todas essas questões: conhecer melhor a obra de J.R.R. Tolkien, saber mais sobre o profundo valor filosófico da amizade e experimentar como uma leitura prazerosa e, ao mesmo tempo, rica pode despertar grandes propósitos para o engrandecimento de nossas almas. Presente no âmbito cultural e educacional, isso tudo ganha um valor mais forte e especial para mim. Espero que os jovens leitores e os educadores encontrem nesse livro uma boa e edificante companhia.