J.R.R. Tolkien: arte, teoria e literatura

Cristina Casagrande

Em J.R.R. Tolkien: Author of the Century (2000), o filólogo Tom Shippey sustenta a tese de que o autor de O Senhor dos Anéis tem uma relevância muito maior para a literatura mundial do que simplesmente ser considerado um escritor de um gênero literário estigmatizado. Shippey afirma que Tolkien pode ser o autor do século XX (e XXI, conforme declarou na Tolkien 2019) pelos seguintes critérios: opinião pública; referência para outros autores do gênero e qualidade da obra.

Tom Shippey na “Tolkien 2019”

Sobre o primeiro critério, o estudioso destaca que Tolkien indubitavelmente é um grande autor em termos de qualidade e de apelo popular. Em concursos de opinião pública, O Senhor dos Anéis costuma se destacar repetidamente entre os preferidos pelos diversos tipos de leitores.

Acerca da referência para autores do mesmo gênero, Shippey faz uma comparação com o autor Chrétien de Troyes, que, no século XII, não teria inventado o romance arturiano, mas, sim, mostrado tudo o que poderia ser feito sobre tal gênero. Tolkien, por sua vez, foi o autor que mais desenvolveu todas as qualidades do romance de fantasia, construindo um mundo imaginário da forma mais detalhada e profunda possível, no âmbito literário.

Sobre a qualidade da obra, não apenas Tom Shippey, mas diversos autores no mundo inteiro demonstram o quão rica é a sua obra, do ponto de vista literário, mitológico, linguístico, filosófico, entre outros. Em Explicando Tolkien (2003), o especialista brasileiro Ronald Kyrmse destaca a tridimensionalidade na obra de Tolkien: a sua obra seria composta pela dimensão da diversidade, da profundidade e do tempo. Tudo isso confere a ela verossimilhança e um efeito de realidade do Mundo Secundário não só como espelho do Mundo Primário, mas com qualidades novas, alcançadas pela mente humana.

O autor recebeu boa aceitação da crítica literária em sua maioria, especialmente com O Senhor dos Anéis — embora tenha recebido muitas críticas também. Destacamos aqui um excerto da resenha de C.S. Lewis sobre A Sociedade do Anel no Time & Tide, presente na biografia de Tolkien, escrita por Humphrey Carpenter (2018, p. 299):

C.S. Lewis

“Este livro é como um relâmpago no céu azul. Dizer que nele o romance heroico, esplêndido, eloquente e desembaraçado retorna inesperadamente num período de antirromantismo quase patológico é inadequado. Para nós, que vivemos nesse período singular, o retorno — e o puro alívio que traz — é sem dúvida o mais importante. Mas na própria história do Romance — uma história que se estende desde a Odisseia e ainda antes — ocorreu não um retorno, mas sim um avanço ou uma revolução: a conquista de um novo território”.

Mas não era apenas o seu grande amigo que o elogiava. Carpenter ressalta a observação do crítico da Oxford Times: “Os severamente práticos não terão tempo para ele. Os que possuem uma imaginação a ser estimulada serão completamente arrebatados, participarão da busca repleta de acon­tecimentos e lamentarão que haja apenas mais dois livros por vir” (2018, p. 300). Vale destacar ainda a resenha do poeta W.H. Auden no The New York Times, depois do lançamento de As Duas Torres: “Nenhuma obra de ficção que li nos últimos cinco anos me deu mais alegria” (2018, p. 302). Com o livro totalmente publicado, Bernard Levin escreveu em Truth: “uma das mais notáveis obras literárias do nosso tempo ou de qualquer outro. É reconfortante, nestes dias turbulentos, ter mais uma vez a certeza de que os mansos herdarão a terra” (2018, p. 304).

Mas a obra também foi alvo de críticas. Como aponta Carpenter (2018, p. 304), Edwin Muir escreveu no Observer:  

 “O espantoso”, escreveu, “é que todos os personagens são meninos fan­tasiados de heróis adultos. Os hobbits, ou pequenos, são meninos comuns; os heróis plenamente humanos chegaram à quinta série; mas quase nenhum deles conhece alguma coisa sobre mulheres, exceto por ouvir dizer. Até mesmo os elfos, os anões e os ents são meninos, irrecuperavelmente, e nunca atingirão a puberdade”.

Àquela altura, ressalta Carpenter (2018, p. 304),

as opiniões estavam polarizadas. O livro conquis­tara seus defensores e seus inimigos e, como escreveu W.H. Auden: “Ninguém parece ter uma opinião moderada; ou as pessoas, como eu, acham que é uma obra-prima do gênero, ou então não o suportam”.

Frentes de trabalho

A obra de Tolkien não se limita apenas a O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Poderíamos dividir o seu trabalho em quatro frentes: ensaios teóricos e traduções; narrativas curtas para crianças e adultos; romances épicos de fantasia; e desenho e caligrafia. É importante alertar que essa é uma das diversas divisões possíveis de seu trabalho, havendo outras possibilidades de classificações.

A sua produção teórica é bastante restrita para os parâmetros atuais, mas traz contribuições valiosas para o estudo da filologia, do mito, contos de fadas e fantasia. O livro The Monsters and the Critics and Other Essays [“Os Monstros e os Críticos” e Outros Ensaios](1983), editado postumamente por seu filho Christopher Tolkien, traz uma coletânea de textos teóricos de J.R.R. Tolkien, dos quais os mais famosos são Beowulf: the Monsters and the Critics [Beowulf: os Monstros e os Críticos] (1936), em que ele faz uma análise sobre o texto Beowulf, e Sobre Estórias de Fadas (1939), um ensaio sobre as histórias de fadas. Ambos nasceram como palestras em universidades, tomando, mais tarde, a sua forma impressa.

A maior parte de seus textos teóricos, além de ter uma relação com a literatura, mito e fantasia, se confundem com o seu trabalho oficial de filólogo e professor. Já o ensaio Sobre Estórias de Fadas está mais direcionado ao seu próprio trabalho como escritor.

No exercício literário, as obras mais notáveis de Tolkien são, de fato, O Hobbit e O Senhor dos Anéis, ambos publicados em vida. O Hobbit teria nascido por acaso, quando Tolkien estava enfadado por corrigir provas nas férias para ganhar um dinheiro extra. Em meio a esse trabalho entediante, ele encontrou uma folha em branco. Conta o Professor: “[…] escrevi nela: ‘Numa toca no chão vivia um hobbit’. Nomes sempre geram uma história na minha mente. No fim, achei que seria melhor eu descobrir como eram os Hobbits. Mas isso é apenas o começo” (TOLKIEN apud CARPENTER, 2018, p. 236).

Tolkien tratou de descobrir quem eram os hobbits contando as aventuras de Bilbo Bolseiro aos seus filhos. A história passou a ser escrita para que não se perdessem os detalhes. Um dia, o professor emprestou os manuscritos datilografados para uma aluna sua, Elaine Griffiths, que comentou com uma funcionária da editora Allen&Unwin sobre a inventiva história de um hobbit e treze anãos. A editora gostou da história e O Hobbit foi publicado em setembro de 1937.

Com o sucesso da jornada de Bilbo, a Allen&Unwin pediu um novo Hobbit. O resultado, dezessete anos mais tarde, foi O Senhor dos Anéis. Nele, o autor pôde aplicar os conceitos colocados em seu ensaio Sobre Estórias de Fadas, que nasceu de uma conferência sobre Andrew Lang, na Universidade de St. Andrews. Além de bem mais extenso e ramificado que O Hobbit, O Senhor dos Anéis era muito mais sério, denso e profundo. A presença da fantasia não era nem um pouco arbitrária — o que não comprometia o que Tolkien chamou em seu ensaio de “consistência interna da realidade”.

Entram no rol das obras de maior fôlego algumas obras editadas por Christopher Tolkien. A mais conhecida é O Silmarillion (1977), que conta a história dos Dias Antigos, da Primeira Era de Arda (como se chama a Terra na mitologia), o Akallabêth, na Segunda Era, com a ascensão e a queda da ilha de Númenor, além de contar resumidamente fatos da Terceira Era (quando ocorrem as narrativas de O Hobbit e O Senhor dos Anéis). Além do Silmarillion existem outras obras com textos fragmentados da mitologia que envolve a Terra-média e seu entorno como Contos Inacabados (1980) e os doze volumes de The History of Middle-earth [A História da Terra-média] (1983–1996).

Passagem de Mr. Bliss

Tolkien também escreveu algumas narrativas curtas como Sr. Bliss (1982), Cartas do Papai Noel (1976), Roverandom (1998), Mestre Gil de Ham (1949), Folha de Cisco (1945) e Ferreiro de Bosque Grande (1967). Boa parte delas nasceu inspirada na vida cotidiana do autor, envolvendo o contato diário com os seus filhos, e muitas foram sugeridas por Tolkien como sucessoras de O Hobbit, mas não emplacaram.

Sr. Bliss [em publicação breve como Sr. Boaventura pela HarperCollins Brasil] é uma história contada para os seus filhos, cheia de ilustrações do próprio autor, em formato de livro álbum de literatura infantil. Apesar de ter sido recebido com entusiasmo pela Allen&Unwin, o livro não pôde ser lançado devido ao custo da impressão das imagens coloridas. Os editores pediram a Tolkien que as redesenhasse em um estilo mais simples — o que nunca aconteceu. O livro foi publicado apenas em 1982, após a morte do autor.

Roverandom é uma novela infantil com bem menos ilustrações que Sr. Bliss, mas que também foi inspirada na vida cotidiana de J.R.R. Tolkien e serviu para entreter os seus filhos. Tolkien a sugeriu como alternativa para o “novo Hobbit” solicitado pela editora, mas o que a editora Allen&Unwin queria mesmo era uma sequência das aventuras de Bilbo e o universo dos hobbits.

Como O Senhor dos Anéis demorava para chegar, o autor sugeriu a publicação Mestre Gil de Ham em 1938, e ela foi aceita, mas só foi publicada em 1949. Folha de Cisco é um conto mais sério e considerado uma alegoria, pois é possível traçar um paralelo entre o autor e o personagem principal, Cisco, um pintor extremamente perfeccionista que nunca consegue terminar o seu quadro. O conto fora publicado com uma reedição do ensaio Sobre Estórias de Fadas, em 1964, com o título Tree and Leaf [Árvore e Folha].

“Assim como seu desespero quando não conseguia terminar O Senhor dos Anéis dera origem a Folha de Cisco, a ansie­dade em relação ao futuro e a crescente dor pela chegada da velhice o levaram a escrever Ferreiro de Bosque Grande” (CARPENTER, 2018, p. 328). O conto fala sobre o Ferreiro que engole uma estrela mágica que serve de passaporte para a terra das fadas (Feéria) e foi a última história escrita pelo autor, publicada em 1967. Ela nasceu apenas como um exemplo em um prefácio que estava escrevendo para um livro de George McDonald, A Chave Dourada, e acabou ganhando vida própria. Por ser o último conto do autor, ali ele deposita toda a sua maturidade poética sobre o que entende acerca dos alcances da imaginação humana. Cinco anos antes, em 1962, ele publicou uma coletânea de poemas chamada As Aventuras de Tom Bombadil, que tinha a intenção de integrar o conjunto mitológico em torno da Terra-média.

Os desenhos e a caligrafia não aparecem tanto em seus trabalhos, mas há uma quantidade considerável de suas ilustrações, principalmente em suas histórias infantis — especialmente Sr. Bliss em que a imagem dialoga com o texto. Segundo o biógrafo Humphrey Carpenter (2018, p. 224):

O fato de Sr. Bliss ser tão abundantemente ilustrado — de ter, na verdade, sido construído em função dos desenhos — é uma indicação de como Tolkien estava levando a sério o desenho e a pintura. Ele nunca abandonara por completo seu passatempo de infância e, quando estudava em Oxford, ilustrou vários de seus próprios poemas usando aquarela, tintas coloridas ou lápis, começando a desenvolver um estilo que sugeria o seu gosto pelas gravuras japonesas, mas com um tratamento bastante pessoal da linha e da cor. A atividade foi interrompida pela guerra e pelo trabalho, mas, em 1925, voltou a desenhar com regularidade e um dos primeiros resultados concretos foi uma série de ilustrações para Roverandom (CARPENTER, 2018, p. 224).

Ilustração de Roverandom

Além de a caligrafia estar presente em Sr. Bliss (o texto todo leva o manuscrito do autor), é possível conhecer um pouco mais do seu exercício caligráfico nas Cartas do Papai Noel, um livro editado por Baillie Tolkien, sua antiga secretária, em 1976. O livro consiste em um conjunto de cartas que ele mesmo escrevia para os filhos assumindo a autoria do Papai Noel, além de outros personagens, como o Urso Polar, o elfo Ilbereth e outros. Para tornar mais autênticas as cartas, ele fazia a escrita mais condizente com o personagem: letra trêmula para o Papai Noel velhinho, fininha para o elfo, grossa e angulosa para o urso polar.

Carta escrita por J.R.R. Tolkien, na persona do Papai Noel, aos seus filhos

Para que as estórias de fadas servem

Quanto à sua teoria, vamos nos debruçar brevemente em seu ensaio Sobre Estórias de Fadas, pois, como foi dito, ele aborda o próprio gênero que o autor escreve ficcionalmente(Leia uma breve resenha sobre o ensaio aqui). Tolkien propõe três questionamentos para esse gênero literário: o que são as estórias de fadas; qual a sua origem e para que elas servem. Nós nos concentraremos mais no terceiro aspecto — para que servem —, ainda que de forma sucinta, já que essa questão merece um estudo mais vasto e aprofundado.

The Shores of Faery, J.R.R. Tolkien

É preciso, contudo, ressaltar brevemente os primeiro e segundos aspectos da abordagem utilizada por ele. Ao discutir o que são as estórias de fadas, o filólogo faz jus à sua formação e procura a etimologia das palavras e expressões: fairy-story, fairy-tale, fairy. Nessa pesquisa ele demonstra que a palavra fairy, em sua variante faierie, correspondia um lugar e não a um ser fantástico. Assim, as estórias de fadas seriam, na verdade, aquelas que contam sobre o homem entrando em um lugar imaginário:

A primeira citação no Oxford Dictionary (a única antes de 1450) é significativa. É tirada do poeta Gower: “as he were a faierie” [como se ele fosse uma fada]. Mas isso Gower não disse. Ele escreveu “as he were of faierie” [como se ele tivesse vindo de Feéria]. (TOLKIEN 2020, p. 21)

No que diz respeito à origem das estórias de fadas, destaca-se que Tolkien entende a fantasia como algo concomitante ao surgimento da linguagem humana:

A mente humana, agraciada com os poderes da generalização e da abstração, vê não apenas grama-verde, discri­minando-a de outras coisas (e achando-a bela de contemplar), mas vê que é verde bem como é grama. Mas quão poderosa, quão estimulante para a própria faculdade que a produziu, foi a invenção do adjetivo; nenhum feitiço ou encantamento em Feéria é mais potente. (TOLKIEN, 2020, p. 34)

Esse pensamento conversa diretamente com o artigo “A ética na Terra dos Elfos”, de G.K. Chesterton, em seu livro Ortodoxia (2013, p. 93):

Segundo a filosofia dos contos de fadas, deveríamos nos sentir satisfeitos por a folha ser verde, exatamente porque ela podia ter sido vermelha. Para o filósofo dos contos de fadas, é como se a folha tivesse tornado verde um instante antes de ele ter olhado para ela.

Sobre a última questão — para que servem as estórias de fadas —, na qual nos demoraremos um pouco mais, vale ressaltar que Tolkien considera as estórias de fadas uma forma de literatura como qualquer outra. Assim, ela terá valor como arte que é, quanto mais bem feita for. Mas, além disso, ela também oferece ao leitor quatro coisas: fantasia, recuperação, escape e consolação.

A fantasia é o elemento mais importante das estórias de fadas e está totalmente ligada à questão da linguagem e do poder de dar novas qualidades às coisas criadas pela via da imaginação. Ela contém em si uma “estranheza arrebatadora”, que pode atrair ou assustar o leitor, pois muitos deles não desejam ser importunados em seu Mundo Primário, aquele das possibilidades e não dos desejos, que não é próprio da imaginação.

As estórias de fadas oferecem também a recuperação, no sentido exato que a palavra sugere: recuperar o que se perdeu. O homem moderno perdeu a capacidade de olhar o mundo, em especial a natureza, como novidade. A recuperação que a fantasia traz é um retorno à beleza, com base no que o mundo natural nos traz.

A fantasia oferece também escape. Mas não o abandono do desertor,  e sim a fuga do prisioneiro do materialismo e do racionalismo exacerbado. “Por que dever-se-ia escarnecer de um homem se, achan­do-se na prisão, ele tenta sair e ir para casa? Ou se, quando ele não pode fazê-lo, pensa e fala de outros temas que não carcerei­ros e paredes de prisão?” (TOLKIEN, 2020, p. 68).

Por fim, as estórias de fadas oferecem consolação. Não são escapistas porque não negam o sofrimento e, no entanto, acreditam na esperança e na superação. Ao contrário da tragédia, as estórias de fadas trazem a possibilidade de um final feliz, trazem não a catástrofe derradeira, mas a eucatástrofe, uma virada repentina, rumo à felicidade. Diz Tolkien (2020, p. 75–76):

essa alegria, que é uma das coisas que as estórias de fadas pro­duzem supremamente bem, não é essencialmente “escapista”, nem “fugitiva”. Em seu ambiente de conto de fadas — ou de outro mundo —, ela é uma graça repentina e miraculosa: nunca se pode contar que ela se repita. Ela não nega a existência da discatástrofe, da tristeza e do fracasso: a possibilidade dessas coi­sas é necessária para a alegria da libertação; ela nega (diante de muitas evidências, se você quiser) a derrota final universal e, nesse ponto, é evangelium, dando um vislumbre fugidio da Alegria, a Alegria além das muralhas do mundo, pungente como a tristeza.


Este texto é uma edição da publicação original presente nos anais do VIII Seminário Internacional de Literatura Infantil e Juvenil, ocorrido em Florianópolis, em 2019. Você pode baixar os anais do evento aqui.


Obras citadas

CHESTERTON, G.K. “A ética da Terra dos Elfos”. In: Ortodoxia. Tradução: Ives Gandra Martins Filho. Campinas: Ecclesiae, 2013.

CARPENTER, H. J.R.R. Tolkien: Uma Biografia. Tradução: Ronald Kyrmse. Rio de Janeiro: HaperCollins Brasil, 2018.

KYRMSE, R. Explicando Tolkien. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

TOLKIEN, J.R.R. Árvore e Folha. Tradução: Reinaldo José Lopes. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2020.

SHIPPEY, T. J.R.R. Tolkien: Author of the Century. New York: Houghton Mifflin, 2002.


Cristina Casagrande, administradora do site e autora de “A amizade em O Senhor dos Anéis”

9 thoughts on “J.R.R. Tolkien: arte, teoria e literatura

  1. Acredito que seu texto será importante para o público perceber que Tolkien é mais que a terra-media, gostei da divisão que citou, nas quatro frentes. A maioria lê os romances,mitologia da terra-media, geralmente uma quatidade menor lê as narrativas curtas como Sr. Bliss (1982), Cartas do Papai Noel (1976), Roverandom (1998), Mestre Gil de Ham (1949), Folha de Cisco (1945) e Ferreiro de Bosque Grande (1967), que são as obras que mais me divertem em Tolkien, por isso estou trabalhando eles na minha toca. livro Estou doido para ler The Monsters and the Critics and Other Essays, espero que traduzam logo, sei da relevância dessa obra, sua produção teórica como você descreveu.
    Cristina eu não vi você falar ou não percebi…sobre o conto(livro) A história de Kullervo, ele seria de acordo com sua descrição, narrativas curtas ou ensaios? Caso possa me dar uma definição de ensaio eu agradeço.

  2. Acabo de escolher o texto que passarei a indicar a quem quer conhecer mais sobre Tolkien! Introdutório sem ser superficial, esse apanhado se mostra ao mesmo tempo não hermético para aqueles não iniciados na obra do professor, e interessante para seus fãs de mais longa data. Apenas senti um certo “tranco” na transição entre a parte inicial e o momento em que passa a tratar dos conceitos de Sobre História de Fadas; talvez isso seja consequência de tratar-se de uma adaptação de texto maior, que certamente lerei. Enfim, dizer que é ótimo e obrigatório para fãs de Tolkien é algo que já está se tornando pleonasmo aqui no Tolkienista. Obrigado novamente, Cris!

  3. Instigante texto! Uma boa e nada superficial síntese do homem, do acadêmico e do escritor. Obrigado! Este texto, somado ao “Vita Tolkieniana” do Guilherme, são essenciais para quem quiser se aprofundar no autor. /|\

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